O meu lugar de morada outrora fora um lugar de vivências ancestrais: a Praça dos Martírios e em torno dela, o comércio ao leste e um pouco mais um mar e a oeste a Cambona; para o sul, o bairro da Levada e, logo acima, o mirante de Santa Teresinha, e era neste contexto que, nos entornos daquela praça, se desenvolvia um mundo onde se misturavam garotos, jovens e velhos. Todavia, eu vivia silencioso e enclausurado em meu quintal e, só muito tempo depois foi que, aos poucos, ele percebeu o estranho e secreto universo daquele mundo. Alí, enquanto estavam a se embrenhar nos mangués, outros a jogar bola e outros meninos nas ruas assaltando sítios e roubando mangas, e ainda outros a nadar nas águas até o cais, eu, – ficava no quintal a arquitetar mundos imaginários por entre galinhas, bichos, e, amigos e inimigos imaginários. E a tudo ele transformava em sonhos. Os animais que havia, com o passar do tempo tinham todos nome. As galinhas que as vezes sumiam, eram para ele um desespero, e, foi
Chico Elpídio
De tudo um pouco na dose certa