Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2010

Manifesto Sururu

Edson Bezerra, o autor. O manifesto sururu quer muito pouco.  Quem sabe um pouco mais do que exercitar um certo olhar: um olhar atento por sobre as coisas alagoanas. O manifesto sururu não quer apostar e nem pousar em outras imagens.  O que ele procura é exercitar olhos e sentidos por sobre (e dentre) antigas e permanentes imagens das coisas alagoanas: olhar primeiramente os canais que interligam as lagoas e os rios.  Os canais sempre foram as nossas pontes e disto já o sabia Octávio Brandão.  O manifesto sururu também fala da fome. Não da fome comum, mas da fome de devorar as Alagoas. Contra as derrapagens de uma modernidade vazia, uma outra assinalada de coisas alagoanas. Novas rotas. Rotas alagoanas: de canais e lagoas, sobretudo. Tchello d’Barros  Aqui uma lúdica intertextuallidade com o Manifesto Sururu, esse breviário de saberes, falares e viveres, que você trouxe à tona numa linguagem poética impregnada de essências alagoanas, de ancestralidades, de elementos arquetípicos dessa

Meus queridos e inesquecíveis parceiros

Com muita observação, insistência e por que não dizer, determinação, passei parte da minha adolescência observando e acompanhando os grandes compositores alagoanos, pois meu sonho era compor nem que fosso uma unica música. Entre os vários compositores que faziam sucesso à época, Antônio Paurilho, era o mais famoso no meio artístico, autor do bolero Ansiedade, gravado por Alcides Gerard, pra meu deleite, residia próximo a minha casa, para compor utilizava o piano. Juvenal Lopes, autor de Pisei no Liro e Maceió, músicas nacionalmente conhecidas, gravadas por Marinês e Noite Ilustrada, respectivamente. Fui apresentado a Juvenal pelo amigo Marcondes Costa, que já era seu parceiro, o que proporcionou ao Grupo Terra a oportunidade de gravar e defender nos festivais, algumas de suas composições. Reinaldo Costa, músico integrante do quadro de artista da Rádio Difusora de Alagoas, autor de Rescordação, baião gravado por Marinês e sua gente. Marcondes Costa, autor de Acordo as Quatro, música gr

Lembranças do Grupo Terra

Para os que têm saudade do Grupo Terra e principalmente aos fãs que conviveram e acompanharam o trabalho do grupo desde o início, como nosso padrinho e amigo Cavalcante Barros.  Na foto estão presentes os primeiros componentes do Terra, em pé: Nelson, Zailton, Marcus Vagareza e Chico Elpídio, sentados: Claudio Batera, Paulo Renault e nosso incentivador, Cavalcanti Barros.   O registro deve-se ao convite que tivemos do Vice-Governador, Antônio Gomes de Barros, para visitá-lo no Palácio Floriano Peixoto, após ter assistido nossa primeira apresentação no Festival de Verão, realizado na Cidade de Marechal Deodoro. Também fazia parte do grupo, o baixista Gancho, posteriormente os compositores e cantores Eliezer Setton e Edson Bezerra, além de Beto Batera e Jorginho Quintella.

De Brasília ao Nordeste – Viajando no Forró

Não vai demorar muito para o compositor alagoano Geraldo Rebêlo, lançar o seu segundo trabalho cantando o nordeste brasileiro. Serão dez faixas, exaltando as belezas naturais de cada estado nordestino, onde serviu como Oficial do Exercito Brasileiro. De Brasília ao Nordeste, um verdadeiro forró pé de serra, pra se ouvir ou dançar agarradinho. Todas as músicas e letras, com exceção de Lagoas, parceria com Chico Elpídio, são de sua autoria: Lagoas  Ah! Se uma lagoa me abrigasse e desse espaço pró meu povo  Fazer suas festas de ano novo trazendo a menina que me amasse...  E se houvesse em seus olhos o sonho de terras distantes e sem lagoas  Eu lhe mostraria nas canoas toda a poesia que restasse...  Desse mundo que acaba nas ladeiras  Da cidade descrente da nova ilusão  Que haveria no rosto das pessoas  Se houvesse em todo lugar lagoas...  Lagoas já tenho em minha vida nascida de tantos dissabores  Sereno reflexo minhas dores da lua sobre as águas diluídas 

Chico Buarque

Na noite desta quinta-feira, dia quatro de novembro, o compositor e escritor Chico Buarque de Holanda, recebeu o Prêmio Jabuti, o mais tradicional da literatura brasileira. Seu livro Leite Derramado lançado pela Companhia das Letras, ficou em segundo lugar na categoria Romance Jabuti – a primeira colocação foi para "Se eu Fechar os Olhos" do escritor Edney Silvestre. Luis Fernando Veríssimo, colaborador do Estado de São Paulo, com "Os Espiões", lançado pela Objetiva, foi o terceiro colocado. Chico Buarque já havia vencido em outras edições do Jabuti, ganhando o prêmio máximo: a primeira em 1992 , por Estorvo e depois em 2004, por Budapeste.

Frases Impertinentes

"O amor é finalmente um embaraço de pernas, Uma união de barrigas, Um breve temor de artérias. Uma confusão de bocas, Uma batalha de veias, Um reboliço de ancas, Quem diz outra coisa, é besta.!" Gregório de Matos - poeta brasileiro. "A loucura é algo raro em indivíduos - mas em grupos, partidos, povos e épocas é a norma." Friedrich Nietzsche - do livro Além do bem e do Mal. "Tudo em ti foi naufrágio." Pablo Neruda, in "A Canção Desesperada" "Meu tempo é quando" Vinícius de Moraes - poeta brasileiro.

Paulo Renault - parceiro e amigo

Paulo Renault Braga Villas Boas, boêmio, poeta e compositor, nasceu em Maceió, no dia 29 de outubro de 1958. Ainda jovem, casou-se com Márcia Maria Lima, com quem teve dois filhos: Rodrigo e Sérgio Lima Villas Boas. Além de apaixonado por música, foi militante político, influência herdada do avô, Júlio de Almeida Braga, um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro - PVB, em Alagoas.  Conheci Paulo em minha residência, lá compareceu querendo discutir algumas idéias sobre a cultura musical alagoana, que se encontrava à época estagnada, não existindo referência alguma, ainda vivíamos das lembranças de Reinaldo Costa, autor de Rescordação e do não menos famoso Juvenal Lopes, autor de pérolas como: Maceió, Pisei no Liro e Entre a Cidade e o Sertão, parceria com Marcondes Costa, gravadas por Noite Ilustrada, Marinês e Grupo Terra, respectivamente.  A conversa foi tão promissora, que nos dirigimos ao Bar do Jaqueira, antigo reduto de boêmios, poetas e músicos, situado ao lado do Mercado

Novidade da boa

Chico Elpídio Às vezes a vida nos prega uma peça e ficamos de cabeça pra baixo, dessa vez ocorreu o contrário, me levou ao céu. Através do inesquecível amigo e parceiro Paulo Renault, conheci Pablo de Carvalho, residente no bairro da Serraria, bem pertinho da minha antiga moradia, onde hoje ainda moram os meus filhos: Luana, Brunno e Rafael. Quis o destino, que Paulo Renault em uma de suas noites de boemia, me convidasse para acompanhá-lo à casa de Pablo, jovem escritor, cujo livro IULANA tinha prefaciado. Passamos a noite tomando umas e outras, ouvindo às poesias de Renault, intercalada por sambas e boleros; após esse contato, iniciei com Pablo uma parceria, hoje com 19 músicas já concluídas. A boa nova inicia-se em novembro, com direção musical de Jiuliano Gomes, ao lado dos músicos: Everaldo Borges, Almir Medeiros, Théo Gomes, Zailton Sarmento, Fabinho, Felix Baygon, Van, Ronalsa, Carlinhos Bala, Tony Augusto e Ricardo Lopes, com participação especial da cantora Luciana Guimarães

Um livro pra Vinicius de Moraes

Eucanaã Ferraz, poeta e professor de literatura da UFRJ, apresenta discografia e bibliografia do grande poeta Vinicius e das parcerias com Tom Jobim, com quem criou alguns clássicos da bossa-nova, e com Baden Powell, com quem criou os afro-sambas. Vinicius de Moraes (1913-80) é o caso típico do artista que, ao longo do tempo, foi sendo sobreposto à própria obra. Fala-se muito do poeta, mas lê-se insuficientemente sua poesia; sabemos de cor alguns de seus versos antológicos, mas não raro estancamos ali, sem seguir adiante, ou, se avançamos com a atenção devida, nem sempre nos arriscamos em textos menos consagrados. A popularidade do compositor-cantor deve-se ainda à sua presença em shows e nos meios de comunicação de massa, sobretudo nos anos 70. À época, quando a chamada MPB esteve intimamente associada ao movimento estudantil alvos permanentes da vigilância dos órgãos de repressão da ditadura militar. Vinicius, ao lado de seu parceiro Toquinho, lotava os auditórios universitários. Boa

Quem sou eu ?

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou, vejam só que dilema!!! Na ficha da loja sou cliente, no restaurante freguês, quando alugo uma casa inquilino, na condução passageiro, nos correios remetente, no supermercado consumidor. Para a Receita Federal contribuinte, se vendo algo importado contrabandista. Se revendo algo, sou muambeiro, se o carnê tá com o prazo vencido inadimplente, se não pago imposto sonegador. Para votar eleitor, mas em comícios massa , em viagens turista , na rua caminhando pedestre se sou atropelado acidentado, no hospital paciente. Nos jornais viro vítima, se compro um livro leitor, se ouço rádio ouvinte. Para o Ibope espectador para apresentador de televisão telespectador, no campo de futebol torcedor, agora, já virei galera.  Se trabalho na ANATEL, sou colaborador e, quando morrer, uns dirão, finado, outros, defunto, ou, extinto, para o povão, presunto. Em certos círculos espiritualistas serei desencarnado, evangélicos dirão que fui, arrebatado. E o p

Censo

Cultura Brasileira - Dorival Caymmi

Dorival Caymmi deixou como legado um conjunto de canções intensamente original, diferente da obra de qualquer outro artista nacional ou estrangeiro, muitas dessas canções são clássicos que pertencem à memória coletiva e que ajudaram a construir a identidade brasileira. Soam tão familiares que parecem ter existido “desde sempre”. O livro “Dorival Caymmi”, volume da série “Folha Explica” , examina de forma dinâmica os sambas “sacudidos”, as canções praieiras e os sambas-canção de Caymmi, além de relacionar a obra do compositor com questões decisivas da cultura brasileira, com a experiência histórica do Brasil, com a época moderna e com a tradição da música popular brasileira. O autor do livro é Francisco Bosco, ensaísta, letrista e escritor, colunista das revistas “Argumento” e “Cult”. Bosco diz que o livro também tenta revelar os procedimentos, as características, as inflexões e a arte do cancionista. O objetivo, segundo Bosco, é “ajudar a esclarecer e, em o fazendo, reafirmar a singula

Mário Benedetti - Da gente que eu gosto

Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. Gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão. Gosto de gente fiel e persistente, que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias. “A estes chamo de amigos.”

Não deixe o amor passar

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente, o amor. Por isso, preste atenção nos sinais – não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor. Carlos Drummond de Andrade

Hora de Despertar: nossa música, nossos intérpretes.

Há alguns anos, quando os artistas alagoanos peregrinavam nas rádios pedindo aos programadores a inclusão de suas múscicas na programação, a resposta era inevitável: “o som não é muito bom, não tem qualidade.” Essa história começou a ser mudada com o advento do cd player, substituindo o vinil, aí então os incentivadores: Amarivaldo, Rui Agostinho e Givaldo Kleber, todos da Rádio Educativa FM, acreditando no potencial desses artistas, começaram por conta própria a inserir na programação a prata da casa, procedimento que ainda permanece. Seguindo a mesma linha da Educativa FM, as emissoras: Web rádio Maceió, Mar Azul e Rádio Serraria FM, abrem espaços em sua programação para que artistas desconhecidos tenham oportunidade de divulgar suas criações e ao vivo reivindicar patrocínio para realização de eventos; são procedimentos como estes, que emissoras do porte da Pajuçara FM, Gazeta de Alagoas, Rádio Jornal e outras, deveriam seguir para o fortalecimento da cultura alagoana. Ultrapassad

Cultura Brasileira - Dorival Caymmi

Dorival Caymmi deixou como legado um conjunto de canções intensamente original, diferente da obra de qualquer outro artista nacional ou estrangeiro, muitas dessas canções são clássicos que pertencem à memória coletiva e que ajudaram a construir a identidade brasileira. Soam tão familiares que parecem ter existido “desde sempre”. O livro “Dorival Caymmi”, volume da série “Folha Explica” , examina de forma dinâmica os sambas “sacudidos”, as canções praieiras e os sambas-canção de Caymmi, além de relacionar a obra do compositor com questões decisivas da cultura brasileira, com a experiência histórica do Brasil, com a época moderna e com a tradição da música popular brasileira. O autor do livro é Francisco Bosco, ensaísta, letrista e escritor, colunista das revistas “Argumento” e “Cult”. Bosco diz que o livro também tenta revelar os procedimentos, as características, as inflexões e a arte do cancionista. O objetivo, segundo Bosco, é “ajudar a esclarecer e, em o fazendo, reafirmar a singula