Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2007

TALENTO ALAGOANO

BELEZA DELICADEZA - Wilma Araújo marwilma@uol.com.br No excelente CD de Wilma, além da arte gráfica, dos arranjos, dos músicos do mais alto nivel dirigidos pelo maestro Almir Medeiros, há mais um ponto a ser destacado: o repertório. A proposta de Wilma em abrir espaço para compositores alagoanos é relevante e de fundamental importância, pois, além de serem valorizados e reconhecidos, êles têm a satisfação de ouvirem as suas composições por uma das mais afinadas vozes de nosso quadro musical. Basta observar que, das treze músicas que compõem o CD, nove são alagoanas! parabéns Wilma!  DAMA DA NOITE - Leureny barbosa Sob os cuidados do talentoso Felix Baygon capitaneando uma equipe de músicos alagoanos de primeira linha, o CD Dama da Noite torna-se indispensável para aqueles que valorizam a boa música. A diva "Leu", dá um toque pessoal em duas páginas bastante conhecidas - Favela e Tango de Nancy, dando-lhes uma interpretação definitiva. Duas outras observações necessárias: a i

O elefantinho

Aos domingos, no final da tarde, os sinos da igreja repicavam convocando os fiéis para a missa, celebrada no sotaque germânico de frei Caetano. Arranchados à porta do templo, de cuias na mão, um punhado de mendigos à espera de misericórdia, e às famílias que aos poucos iam chegando, pediam esmolas em nome de Deus.  Terminado o culto, a meninada descia para a praça e, à vontade, numa euforia incansável, brincava de pega-pega contornando o “Cuscuz do Major”. A fonte luminosa, ao som de música clássica, jorrava água numa coreografia sincronizada, lembrando um balé. Os pombos pontilhavam o chão do logradouro em busca do alimento, e em cíclicas revoadas retornavam para o alto da igreja, lá onde moram os sinos.  No centro da praça, impávida, a estátua do homem que fez história, e que devido aos seus feitos, ficou conhecido como “O Marechal de Ferro”. Comendo pipocas ao lado do garoto Decinho, Seu Elpídio, com habitual paciência, explicava ao filho atento a importância do herói reverenciado.

Cambona, o bairro.

Situado entre a Praça dos Martírios e o bairro de Bom Parto, o Cambona era passagem obrigatória para quem desejasse se dirigir ao bairro de Bebedouro, que na década de 50 possuía o status -“bairro de elite”, visto que alí residiam às mais tradicionais famílias alagoanas. A Praça dos Martírios, principal área de lazer dos cambonenses, foi à época um dos recantos mais frequentados nos festejos momescos; além de servir para o Corso, que era que o desfile de carros de passeio, lotados de moças e rapazes, interagindo com o povo, na guerra de talco, serpentina e lança d'água, recebia os blocos carnavalescos mais famosos da época, tais como: Cavaleiro Negro, Mascara Preta e o inesquecível Bloco do Major Bonifácio da Silveira - As Caboclinhas, que fazia a rota Bebedouro - Praça dos Martírios. Bebedouro, hoje é visto como um bairro dormitório por não existir um comércio sustentável, entretanto, ainda se mantém vivo, graças à existência da Igreja do Bom Comselho, do Mercado Público Municipa