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Mostrando postagens de 2008

Quando o pai torna-se desnecessário

O bom pai é aquele que vai se tornando desnecessário com o passar do tempo. Meus filhos, o que está escrito acima parece estranho, mas não é. Agora que vocês estão na era dos vinte anos, começaram a dar vôos-solo, estão chegando a hora de iniciar um processo de reprimir de vez o impulso natural paterno de querer colocar a cria debaixo das asas e proteger de todos os erros, tristezas e perigos. Quando começo a esmorecer na luta para controlar vocês, penso: - será que fiz ou estou fazendo o trabalho direito? Se fiz, e acho que sim, tenho que me tornar desnecessário. Antes que pensem diferente, devo explicar o que significa isso, ser desnecessário é não deixar que o amor incondicional de PAI, que sempre existirá, provoque vício ou dependência em vocês como uma droga, a ponto de não conseguirem ser autônomos, confiantes, independentes e prontos para traçar o seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada nova fase, uma nova perda e um

Reencontrando inesquecíveis amigos

Fernando Dantas, Anacletum Botinha e Francisco  Vasco. Foi com muita alegria que recebi no dia 08 deste mês, um email do Fernando Dantas - Naninha, velho amigo e de muita importância na minha juventude. Com êle participei de momentos inesquecíveis ao lado de Geraldo Érico, José Maria e Fausto. A foto ao lado demonstra a família Cambonense reunida em desses inúmeros sábados. Repasso aos amigos leitores o texto de Fernando, que traduz em relação a todos os Cambonenses, um enorme sentimento. Caro Chico Existem determinados momentos em nossa vida em que somente a intuição divina, como num lance de alerta, é capaz de nos mostrar ainda à tempo, fatos isolados, os quais ao serem avaliados em sua freqüência e agrupados, nos impelem para uma autocrítica de nossa atuação em relação a um das mais sublimes legados do gênero humano que é a AMIZADE. De domingo até hoje, em situações de características totalmente diferentes, tive oportunidade de rever e conversar com pessoas as quais não

A musa do tarado

Lúcia, nos seus incompletos dezesseis anos, possuía uma engenhosa beleza que acabara de desabrochar, saudável e viçosa como uma flor matinal. Cabelos escuros e em queda livre feito as cascatas; os olhos de jabuticaba e a pele morena lembrando as rolinhas caldo de feijão. Busto farto e os lábios carnudos que mostravam, ao menor sorriso, uma fileira de dentes alvos como coco. Esbelta igual às garças e dona de um aformoseado corpo de dançarina, Lúcia exibia leveza no andar e harmonia nos movimentos; suas salientes nádegas rebolavam como uma inquietante maré, despertando atenção à primeira vista. Cabocla oriunda do sertão, de onde veio para a capital ainda criança concluir os estudos, logo os galanteadores do bairro lhe batizaram como " Miss Lúcia". Desconhecendo o apelido que lhe era atribuído, sequer desconfiava das taras verbais que lhe dedicavam os rapazes, em descontraídas rodinhas de bate - papos na praça. Nessas ocasiões a beldade era predileção nos apimentados c