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Mostrando postagens de agosto, 2008

A musa do tarado

Lúcia, nos seus incompletos dezesseis anos, possuía uma engenhosa beleza que acabara de desabrochar, saudável e viçosa como uma flor matinal. Cabelos escuros e em queda livre feito as cascatas; os olhos de jabuticaba e a pele morena lembrando as rolinhas caldo de feijão. Busto farto e os lábios carnudos que mostravam, ao menor sorriso, uma fileira de dentes alvos como coco. Esbelta igual às garças e dona de um aformoseado corpo de dançarina, Lúcia exibia leveza no andar e harmonia nos movimentos; suas salientes nádegas rebolavam como uma inquietante maré, despertando atenção à primeira vista. Cabocla oriunda do sertão, de onde veio para a capital ainda criança concluir os estudos, logo os galanteadores do bairro lhe batizaram como " Miss Lúcia". Desconhecendo o apelido que lhe era atribuído, sequer desconfiava das taras verbais que lhe dedicavam os rapazes, em descontraídas rodinhas de bate - papos na praça. Nessas ocasiões a beldade era predileção nos apimentados c