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Hinos a Paisana - Eliezer Setton

Com longo tempo de estrada e público cativado por toda Maceió, o cantor e compositor Eliezer Setton, após o seu terceiro trabalho “Ventos do Nordeste”- retorna inovando, estará lançando em breve “Brasil – Hinos a Paisana”, um cd oriundo de uma incansável pesquisa sobre os hinos brasileiros, que nos reportam a época das fanfarras, dos desfiles escolares e militar. Tive o prazer de ouvir em primeira mão algumas faixas, arranjos muito bem elaborados dando aos hinos uma roupagem popular, mais sem perder a autenticidade. 
Através do Café Brasil, diga-se Luciano Pires, um dos poucos programas que acredita na música de qualidade e traz ao seu público entrevistas inéditas de artistas ainda desconhecidos, mais inovadores, no caso Eliezer Setton. Constatei o entusiasmo do apresentador sobre a importância da pesquisa realizada sobre os mais populares hinos brasileiros e mais que isso o resgate de um passado remoto, visto que o povo brasileiro em sua maioria, não sabe sequer o primeiro refrão do Hino Nacional. Assim inicia o apresentador a sua entrevista:
- Você é da época em que desfilávamos no sete de setembro ao som de fanfarras tocando os hinos nacionais? Não? Que pena… Sim? Então você vai pirar com o programa de hoje! Vamos apresentar a você Eliezer Setton, que vem lá de Maceió com um projeto delicioso: rever alguns daqueles hinos que moram em nossas memórias. Mas desta vez cantando-os “à paisana…”.
Após anos de pesquisa Eliezer recria os hinos seguindo as letras originais e recuperando um pouco de nossa história. Prepare-se para ficar emocionado.
Basta acessar www.lucianopires.com.br/cafebrasil/podcast e ouvir a entrevista completa, outro convite, fazer parte da comunidade Brasil – Hinos a Paisana na página do Eliezer no Orkut.
Após alguns desencontros, consegui conversar um pouco com Setton e saber quais as novidades e projetos para 2010, confiram:
Chico Elpídio – Você está trabalhando em algum novo Projeto?
Setton – O projeto da hora chama-se “Brasil – Hinos à paisana” e como o nome sugere, apesar da “caretice”, trata-se mesmo dos hinos cívicos do Brasil. “À paisana” porque vêm com o acompanhamento de música popular. Ou seja: não vêm com o acompanhamento tradicional das Bandas Marciais (as quais adoramos e aí falo por nós dois, Chico).
Chico Elpídio – O Cd com os hinos dos clubes alagoanos vingou?
Setton – Não, Chico! Não era cd com os hinos dos clubes, não! Era esse cd que eu falei aí na resposta anterior. Acontece que minha idéia é tão inusitada que, a primeira “oiça”, as pessoas nem imaginam o que possa ser. Geralmente perguntam ou entendem outra coisa, tipo você que pensou que seria dos clubes. Tenho um projeto de cd de clube, sim, mas só do meu Azulão do Mutange. Mas, por enquanto, ele está esperando na fila. Depois vai rolar e vai ser capaz de fazer regateanos virar a casaca ou ouvir o disco escondido pra não se entregar rs rs rs
Chico Elpídio – Pretende realizar algum show em 2010?
Setton – Aqui em Maceió? Aberto ao público? Uma produção minha?… Não sei. Vai depender do andar do projeto dos hinos. Digo isso porque eu venho sempre atuando em eventos fechados, principalmente em congressos onde eu participo das solenidades de abertura, cantando o Hino Nacional e de Alagoas, e/ou fazendo show de forró com repertório que canta as coisas de Alagoas.
Chico – Como classifica o nível dos CDs dos artistas alagoanos?
Setton – Nossa diversidade artística possibilita que aconteça de tudo na cena musical alagoana. Não dá pra fazer uma crítica que abranja o pacotão que se produz em Alagoas. Teria que ser uma análise caso a caso. Mas o que importa é que as facilidades pra se produzir e veicular áudio permite que todo mundo mostre a cara. Tem público pra tudo e pra todos, com a vantagem que o público só tem que ser fiel ao seu gosto, podendo dividi-lo e/ou multiplicá-lo infinitas vezes pra abrigar muito artista no espaço-coração-de-mãe, desde que “use rexona”.
Chico Elpídio – Fale um pouco de sua perspectiva em relação ao ano de 2010.
Setton – Até 2009, eu vim me preparando pra ficar rico. Espero fechar este ano preenchendo os últimos requisitos para tal façanha. A partir de 2010, já “contando dinheiro” (que nem cobrador, em pé no corredor do ônibus cheio), após meus primeiros 15 minutos de fama, quero divulgar tudo que já produzi até hoje, me “amostrando” prum Brasil que eu tanto quero conhecer de ponta a ponta, ao tempo em que vou poder por em prática os projetos já pensados, enquanto aguardo os projetos que me ocorrerão.

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