Pular para o conteúdo principal

De Brasília ao Nordeste – Viajando no Forró

Não vai demorar muito para o compositor alagoano Geraldo Rebêlo, lançar o seu segundo trabalho cantando o nordeste brasileiro. Serão dez faixas, exaltando as belezas naturais de cada estado nordestino, onde serviu como Oficial do Exercito Brasileiro. De Brasília ao Nordeste, um verdadeiro forró pé de serra, pra se ouvir ou dançar agarradinho. Todas as músicas e letras, com exceção de Lagoas, parceria com Chico Elpídio, são de sua autoria:

Lagoas 

Ah! Se uma lagoa me abrigasse e desse espaço pró meu povo 
Fazer suas festas de ano novo trazendo a menina que me amasse... 
E se houvesse em seus olhos o sonho de terras distantes e sem lagoas 
Eu lhe mostraria nas canoas toda a poesia que restasse... 
Desse mundo que acaba nas ladeiras 
Da cidade descrente da nova ilusão 
Que haveria no rosto das pessoas 
Se houvesse em todo lugar lagoas... 

Lagoas já tenho em minha vida nascida de tantos dissabores 
Sereno reflexo minhas dores da lua sobre as águas diluídas 
                                                             Havendo lagoas tenho peixes e mangues e muitos caranguejos 
                                                                        E posso plantar os meus trapiches sonhando e revivendo os meus desejos 
Nesse mundo que esbarra nas porteiras 
Da cidade silente da nova ilusão 
Que haveria no porto das canoas 
Se houvesse em cada desamor lagoas. 
Se houvesse em todo lugar lagoas... 

Chico Elpídio e Geraldo Rebêlo


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O INCRÍVEL MUNDO DO SILENCIOSO MENINO

O meu lugar de morada outrora fora um lugar de vivências ancestrais: a Praça dos Martírios e em torno dela, o comércio ao leste e um pouco mais um mar e a oeste a Cambona; para o sul, o bairro da Levada e, logo acima, o mirante de Santa Teresinha, e era neste contexto que, nos entornos daquela praça, se desenvolvia um mundo onde se misturavam garotos, jovens e velhos. Todavia, eu vivia silencioso e enclausurado em meu quintal e, só muito tempo depois foi que, aos poucos, ele percebeu o estranho e secreto universo daquele mundo. Alí, enquanto estavam a se embrenhar nos mangués, outros a jogar bola e outros meninos nas ruas assaltando sítios e roubando mangas, e ainda outros a nadar nas águas até o cais, eu, – ficava no quintal a arquitetar mundos imaginários por entre galinhas, bichos, e, amigos e inimigos imaginários. E a tudo ele transformava em sonhos. Os animais que havia, com o passar do tempo tinham todos nome. As galinhas que as vezes sumiam, eram para ele um desespero, e, foi