Pular para o conteúdo principal

Poemas de um aprendiz de verso em prosa

O autor do polêmico Manifesto Sururu, após longa ausência dos palcos reaparece com um novo trabalho, o cd Labirinto da Solidão – Poemas de um Aprendiz de Verso em Prosa, recitados pelo ator José Márcio Passos, com sonoplasta de Jurandir Bozo, além das participações especiais dos músicos: Tony Augusto – Guitarra, Josélio Rocha – Violino, José Rocha Batista – Violoncelo e Raissa Bandeira (sussurros), responsáveis pelo efeitos inesperados, as vezes harmônicos, outras nem tanto, mais sempre em sintonia com o poema. O fato lamentável deve-se a produção que inusitadamente esqueceu-se de registrar o nome do artista na capa e no encarte do cd, realmente um fato nunca visto, entretanto, esquecimentos a parte o trabalho é digno de elogios.
Labirinto da Solidão

O dia lhe acordou suspenso
E no sonho havia um pedaço de luz solto no mundo
E então, ele fez um buraco na noite
Vazou do sonho e se enveredou a colorir o mundo.
De azul pintou as portas
De verde as janelas das casas tristes
Os telhados, luz da cor do sol
E nas ruas, antes de estender um tapete de flores
Estampou uma nesga de vento sob a luz do sol
O mar deixou como estava
E convocando crianças e velho se fez pai dos órfãos
Acalmou os loucos
E completando as palavras das estórias tristes
Aqueceu contos e silenciosamente
Espalhou sonhos debaixo das portas.
Depois de estar muito cansado
E da certeza de ter a sala farta em vinhos,
Descosturou os rombos da noite, voltou ao sonho
E se prostou a dormir, quase anjo
Pois era assim, era assim que deveria estar o mundo
Quando a amada ao escutar o silêncio dos lobos
Acordasse da noite e resolvesse conhecer a terra de seu corpo.
Para adquirir o cd Labirinto da Solidão – Poemas de um Aprendiz de Verso em Prosa é só acessar e solicitar através dos emails: bezerra57@hotmail.com ou bezerra57@yahoo.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O INCRÍVEL MUNDO DO SILENCIOSO MENINO

O meu lugar de morada outrora fora um lugar de vivências ancestrais: a Praça dos Martírios e em torno dela, o comércio ao leste e um pouco mais um mar e a oeste a Cambona; para o sul, o bairro da Levada e, logo acima, o mirante de Santa Teresinha, e era neste contexto que, nos entornos daquela praça, se desenvolvia um mundo onde se misturavam garotos, jovens e velhos. Todavia, eu vivia silencioso e enclausurado em meu quintal e, só muito tempo depois foi que, aos poucos, ele percebeu o estranho e secreto universo daquele mundo. Alí, enquanto estavam a se embrenhar nos mangués, outros a jogar bola e outros meninos nas ruas assaltando sítios e roubando mangas, e ainda outros a nadar nas águas até o cais, eu, – ficava no quintal a arquitetar mundos imaginários por entre galinhas, bichos, e, amigos e inimigos imaginários. E a tudo ele transformava em sonhos. Os animais que havia, com o passar do tempo tinham todos nome. As galinhas que as vezes sumiam, eram para ele um desespero, e, foi