SE OUTRA VIDA HOUVER
Se outra vida houver, não quero ser água poluída, nem mar afogando rio.
Não quero ser fogo destruidor, sarça ardente incinerando estio.
Não quero ser fruto, nem semente.
Sequer desejo ser flor, nem rosa, nem margarida.
Se outra vida houver, quero ser apenas a estrela menor
De uma galáxia qualquer,
Mesmo entre os cosmos, perdida,
Extraviada entre os planetas, seja lá onde for.
Contanto que possa escutar poetas falando de amor.
Não quero ser fogo destruidor, sarça ardente incinerando estio.
Não quero ser fruto, nem semente.
Sequer desejo ser flor, nem rosa, nem margarida.
Se outra vida houver, quero ser apenas a estrela menor
De uma galáxia qualquer,
Mesmo entre os cosmos, perdida,
Extraviada entre os planetas, seja lá onde for.
Contanto que possa escutar poetas falando de amor.
Se outra vida houver, poema de Alder Flores, criado em 1996 e só agora levado ao conhecimento do público alagoano. Flores é advogado ambientalista e cambonense da gema. Vivendo entre a Praça dos Martírios e o Mutange, teve a oportunidade de conviver com personagens inesquecíveis: as irmãs Laura e Judite Dantas, Guiomar Gouveia, professor Grangeiro pioneiro na criação de cursinho, compositor Antônio Paurilho, maestro Ferreira e outros, fez despertar o seu lado poético adormecido. Novos poemas serão publicados.
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