Pular para o conteúdo principal

Novidade da boa

Chico Elpídio
Às vezes a vida nos prega uma peça e ficamos de cabeça pra baixo, dessa vez ocorreu o contrário, me levou ao céu. Através do inesquecível amigo e parceiro Paulo Renault, conheci Pablo de Carvalho, residente no bairro da Serraria, bem pertinho da minha antiga moradia, onde hoje ainda moram os meus filhos: Luana, Brunno e Rafael. Quis o destino, que Paulo Renault em uma de suas noites de boemia, me convidasse para acompanhá-lo à casa de Pablo, jovem escritor, cujo livro IULANA tinha prefaciado. Passamos a noite tomando umas e outras, ouvindo às poesias de Renault, intercalada por sambas e boleros; após esse contato, iniciei com Pablo uma parceria, hoje com 19 músicas já concluídas. A boa nova inicia-se em novembro, com direção musical de Jiuliano Gomes, ao lado dos músicos: Everaldo Borges, Almir Medeiros, Théo Gomes, Zailton Sarmento, Fabinho, Felix Baygon, Van, Ronalsa, Carlinhos Bala, Tony Augusto e Ricardo Lopes, com participação especial da cantora Luciana Guimarães, daremos inicio a gravação de CD “CONTEMPORÂNEOS”, esperando que no início de 2011, tenhamos concluído e antes do carnaval, encontre-se a disposição daqueles que gostam de novidade.
CONTEMPORÂNEOS

Lá está a figura de meu pai
Que o samba fez chorar por sentir amor demais
E sacar que o tempo vai também me fazer sambar
E cair em pranto como anos atrás
Sem lição nem geração - sem nada mais 
Que o samba pra afogar o coração
Samba é vinho, é cruz, é pedra de amolar.
Sobe riso e desce choro, a vida sai.
No seu passo que é batuque, é ilusão, abre de mão!
Vai já, fere o peito na noitada e alto-lá.
A parada, a quebrada, a balada ao luar.
O farol vem e cai na tristeza calada
Que dá se a gente vê nego sambar - Sambar
No seu passo que é batuque é ilusão
Sem lição nem geração – sem nada mais
Samba e vinho, é cruz, é pedra de amolar.
Vai já, fere o peito na noitada e alto-lá.
A parada, a quebrada, a balada ao luar.
O farol vem e cai na tristeza calada
Que dá se a gente vê nêgo sambar. 
La ia la la...
CHICO Elpídio e PABLO Tenório

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O INCRÍVEL MUNDO DO SILENCIOSO MENINO

O meu lugar de morada outrora fora um lugar de vivências ancestrais: a Praça dos Martírios e em torno dela, o comércio ao leste e um pouco mais um mar e a oeste a Cambona; para o sul, o bairro da Levada e, logo acima, o mirante de Santa Teresinha, e era neste contexto que, nos entornos daquela praça, se desenvolvia um mundo onde se misturavam garotos, jovens e velhos. Todavia, eu vivia silencioso e enclausurado em meu quintal e, só muito tempo depois foi que, aos poucos, ele percebeu o estranho e secreto universo daquele mundo. Alí, enquanto estavam a se embrenhar nos mangués, outros a jogar bola e outros meninos nas ruas assaltando sítios e roubando mangas, e ainda outros a nadar nas águas até o cais, eu, – ficava no quintal a arquitetar mundos imaginários por entre galinhas, bichos, e, amigos e inimigos imaginários. E a tudo ele transformava em sonhos. Os animais que havia, com o passar do tempo tinham todos nome. As galinhas que as vezes sumiam, eram para ele um desespero, e, foi...

Maceió, cidade aberta

CÂNTICO POR MACEIÓ Escreve Luiz Sávio de Almeida em O Jornal (21/09/99) Vi e ouvi o que poderia ver e ouvir qualquer um em busca do que é bom. Fui ao Teatro de Arena ver o espetáculo com músicas de Chico Elpídio e de Juvenal Lopes, além de poemas de Paulo Renault ditos por Paulo Déo. É um espetáculo extremamente simples e, por isso mesmo, muito bom e profissional. É justamente neste ponto que entra a marca da direção de José Márcio Passos, construindo as articulções entre fala e música, da tal modo que há uma harmonia compassada no desenvolvimento do espetáculo e jamais quebrada. Maceió precisa acabar com os espeáculos voláteis. É preciso que os grupos saibam sustentar suas criações, suas montagens. Maceió, Cidade Aberta é uma montagem que deve permanecer em cartaz por um mínimo de dois anos. As razões são muitas. A primeira delas é que deve fazer público para si mesmo ou, em outras palavras, levar a que seja vista pelo maior número de pessoa; a segunda é que é um trabalho dess...