Pular para o conteúdo principal

HISTÓRIAS DO GRUPO TERRA DIFERENTES PALCOS

NONA PARTE
FESTIVAL DE CINEMA DE PENEDO

Contratados pela EMATUR, empresa privada, terceirizada pelo Governo o Estado para produzir o Festival de Cinema de Penedo, o Grupo Terra em data pré-agendada foi contratado para fazer o show de encerramento do referido Festival.
Estavam participando neste ano artista renomados, entre eles, os alagoanos: Jofre Soares, Renée de Vielmont e José Wilker. No dia e hora acordado, estava o GRUPO TERRA no Palco do Cine São Francisco, iniciando o show de encerramento.
O repertório foi preparado especialmente para o evento; até determinado momento sentíamos ser do agrado de todos, conforme a quantidade de palmas que ouvíamos. Após a sétima música, a iluminação era quase apagada e iniciava-se a percussão reproduzindo o som de uma onda morrendo na areia do mar; a seguir, o violão com a introdução e o início da música.

Silêncio total, à música da vez – PREÇE, o primeiro verso:
Chico Elpídio e Teógenes Rocha

“Manhã já vem chegando
O sol se espreguiçando
O dia mal começa andar
Se sopra e o vento é forte
Forte é também seu santo
Nada vai lhe acontecer

Vai jangadeiro vai pro seu mundo
Sol, nuvens, horizonte e um mar profundo a seus pés

No transcurso de uma viagem
Muito sol muita coragem
Num regresso não sei quando e pra que?
Horas que vão decorrendo
E a miséria mal dizendo
Quanta gente espera urgente
Esse sobreviver

Vai jangadeiro vai pro seu mundo...

Nesse momento no silêncio que se fazia, ouve-se lá nas últimas cadeiras:

“Cala boca macaco!”
O silêncio durou pouco, surgiram os primeiros risos, depois ninguém mais conseguia parar de sorrir e nem o Terra conseguia recomeçar a tocar, foi surreal. Olhei para o Zailton Sarmento, que tacava viola ao meu lado, querendo rir também, mais não podia, então e fiz sinal para nos levantarmos e sairmos do palco, logo a seguir nos acompanharam os demais componentes. Não houve mais clima, mesmo com as insistentes cobranças dos diretores da EMATUR, que ameaçavam não efetuar o pagamento firmado em contrato, o fato é que, não retornamos, pois não havia clima e levávamos muito a sério nosso trabalho.
Voltamos à Maceió.
GRUPO TERRA - Festival de Verão em Mal. Deodoro.
Em pé, Marcus Vagareza, ao lado com violão, Chico Elpídio






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Maceió, cidade aberta

CÂNTICO POR MACEIÓ Escreve Luiz Sávio de Almeida em O Jornal (21/09/99) Vi e ouvi o que poderia ver e ouvir qualquer um em busca do que é bom. Fui ao Teatro de Arena ver o espetáculo com músicas de Chico Elpídio e de Juvenal Lopes, além de poemas de Paulo Renault ditos por Paulo Déo. É um espetáculo extremamente simples e, por isso mesmo, muito bom e profissional. É justamente neste ponto que entra a marca da direção de José Márcio Passos, construindo as articulções entre fala e música, da tal modo que há uma harmonia compassada no desenvolvimento do espetáculo e jamais quebrada. Maceió precisa acabar com os espeáculos voláteis. É preciso que os grupos saibam sustentar suas criações, suas montagens. Maceió, Cidade Aberta é uma montagem que deve permanecer em cartaz por um mínimo de dois anos. As razões são muitas. A primeira delas é que deve fazer público para si mesmo ou, em outras palavras, levar a que seja vista pelo maior número de pessoa; a segunda é que é um trabalho dess...

DILÚVIO

As músicas do CD DILÚVIO foram gravadas no AMStudio, entre agosto/01 e abril/02, tendo como instrumentistas músicos alagoanos. Todas as músicas são de autoria de Chico Elpídio em parceria com: Geraldo Rebêlo, Paulo Renault, Edson Bezerra e Feliz Baigon.  Músicas do CD: Maceió, meu xodó - Cais - Vertente Musical - Me Deixe te Amar - Em Resumo - Angústia de uma Volta - Novo Horizonte - Dilúvio - Onde eu me Encontro - Evolução. Escreve Roberto Amorim, editor de cultura de O JORNAL, edição do dia13/10/02:  Maceió continua sendo a maior fonte de inspiração das letras assinadas pelo cantor e compositor Chico Elpídio. A faixa inicial "Maceió, meu xodó", assinada em conjunto com Geraldo Rebêlo, é uma verdadeira lição de amor, louva a natureza e o povo da capital alagoana. Opinião da jornalista Simone Cavalcante em O JORNAL:  O universo musical de Chico Elpídio celebra a vida e a arte de amar. Suas músicas têm ritmo contagiante, contudo, sua carreira ainda em plena evolução, "...